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sábado, 30 de agosto de 2008

TV digital

A TV DIGITAL INTERATIVA NO ESPAÇO EDUCACIONAL

O final do século XX colocou nas instituições escolares um novo cenário tecnológico: repleto de satélites de comunicação, de fibra óptica, de informação digitalizada, de computadores, de realidade virtual, em resumo no meio de uma grande explosão de comunicação audiovisual. Toda essa explosão tecnológica, no entanto, trouxe também um novo cenário social: globalização, desenvolvimento do comércio internacional, mudança na produção industrial, transformação de valores culturais.
As instituições escolares vem enfrentando todas essas mudanças com crises e contradições: reformas, recursos insuficientes, desmotivação de estudantes e professores, desorientação e incertezas. A tecnologia, de uma perspectiva global, influiu nesta situação mais pelos efeitos que foram gerados do que pela incidência no seu interior. O fato é que, a incorporação tecnológica na educação é pobre e lenta principalmente em países como o nosso, isto explica a pressão e a necessidade das mudanças.
E o sonho cotidiano de muitos brasileiros é a nova oportunidade para os educadores. A TV digital chega aos poucos ao cotidiano do brasileiro e trazem novas perspectivas para o ensino. Toda a tecnologia da TV digital ainda não está, no entanto, presente nas escolas brasileiras. No caso da TV, no entanto, a preocupação em preparar os educadores é compreensível. A TV é um dos principais recursos utilizados em educação à distância, dada a popularidade de produtos como o Telecurso 2º Grau. A TV interativa, estágio da TV digital que permite interagir com o conteúdo na TV, trará acesso a web e a conteúdo específico para televisão. Centros de pesquisa em todo o Brasil já se preocupam, portanto, com a utilização da novidade. É muito importante falar de TV digital agora no Brasil com o governo eletrônico e as metas de educação, há um contexto diferente de outros países onde não há tanta a necessidade de se preocupar com a TV digital por conta da existência de um computador na maioria das casas, o panorama brasileiro é bem diferente. O Brasil tem uma grande tradição de educação pela TV, com projetos como o Minerva, as telesalas do Telecurso e muito mais. No entanto, que é preciso diferenciar os tipos de TV digital e suas finalidades. É interessante ter um canal de retorno, mesmo a TV analógica pode ter interatividade com linhas telefônicas, e-mail ou sites disponíveis. É fundamental que as novas tecnologias sejam colocadas no contexto da educação, hoje já é produzido conteúdo digital nas emissoras, a TV digital vai ser uma realidade, depende agora de políticas de implantação em escolas e comunidades.
O consumo das novas tecnologias de comunicação, em especial da Internet e da Televisão são uma realidade inquietante, não só pela quantidade de tempo que diariamente são dedicados a estes meios, pelos diversos setores da sociedade, mas também, pelos valores das mensagens transmitidas. Hoje em dia, praticamente tudo é visto pela tela da televisão ou pela tela do computador. Assim, é necessário que a instituição escolar esteja preparada para educar com os meios. A educação terá que capacitar pessoas que irão enfrentar um mundo digital de uma forma reflexiva e crítica.
A integração do sistema clássico da TV com o mundo das telecomunicações da informática onde a internet possibilita a interação e navegação, fez surgir à nova televisão, a TV Digital Interativa.
A educação para o uso da TV Digital Interativa encontra sua máxima expressão quando professores e alunos têm a oportunidade de criar e desenvolver através dos meios suas próprias mensagens. A expressão através da TV Interativa, como estratégia motivadora e desmistificadora, requer, portanto, não apenas decifrar a linguagem da comunicação, mas sim servir-se dela.
Incorporando esta experiência, alunos e professores podem perceber significativamente a construção da realidade que todo conteúdo mediático comporta. Esta faceta expressiva é fundamental para conseguir o objetivo de uma educação com os meios.
A TV Digital abre as portas, de uma maneira muito especial, para a alfabetização audiovisual permanente, possibilitando e fomentando nos espectadores a capacidade de produzir e analisar suas próprias mensagens. Utilizando a TV desta forma, estaremos propiciando uma educação que promova uma intervenção social e coletiva crítica imprescindível para uma formação de cidadania.
A televisão, na sociedade capitalista segundo os teóricos críticos da escola de Frankfurt é vista como um agente socializador e formador de opinião. O homem, no modelo tradicional de comunicação (emissor-mensagem-receptor), torna-se objeto e a sua finalidade última é o consumo. A introdução da interatividade na TV coloca em crise este modelo, já que o receptor não será mais um receptor passivo e, sim um receptor ativo.
Admitir tal realidade encaminha-nos para o futuro do uso didático da TV na escola. A interatividade, característica dos novos meios, adquire um sentido pleno no terreno educativo.
Educar através da nova televisão, portanto, vai exigir que educadores e comunicadores afrontem três grandes tarefas: a compreensão intelectual do meio, a leitura crítica de suas mensagens e a capacitação para a utilização livre e criativa.
Os caminhos entre a nova TV que será interativa não são contrários aos caminhos da escola. Estes caminhos se cruzam e se revelam na procura de novas aprendizagens, do entendimento e da vida.
As tecnologias desenvolvidas não se limitam, no entanto, a somente essas aplicações, elas poderão e deverão ser aplicadas no desenvolvimento de novos serviços que abordem outros temas, tais como, telemedicina, entretenimento, mensagem, comunicação, transação e informação. Os dados na forma de vídeo, áudio, gráfico e texto poderão utilizar a futura plataforma de TV Digital para serem acessados, baixados, armazenados e vistos mais tarde, de forma que a TV possa ser um meio tão rico de acesso à informação propiciando uma inclusão digital para as camadas mais carentes da nossa sociedade, tendo em vista que 89% dos lares brasileiros tem uma TV.


Autores: Prof. Dr. Sergio Ferreira do Amaral - Professor na Faculdade de Educação da Unicamp e Engº Daniel Moutinho Pacata - CPqD

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